O Vento
Um vento soprou entre as pessoas.
Ao passar por uma árvore, fez balançar seus galhos e dali caíram pétalas e flores sobre um casal de jovens namorados.
Em outro lugar, ajudou um frágil menino a empurrar a cadeira de rodas de seu avô doente.
Mais adiante, fazia girar um pequeno moinho cotidianamente.
Seu suave e melancólico som enchia de esperança os que aguardavam um belo porvir trazido por um novo tempo.
Ao olhar o velho moinho, uma senhora teve o seu penteado desfeito. Ato contínuo falou: "Que vento inútil e inconveniente! Pouco faz além de me desarrumar o cabelo."
E, indiferente a tudo isso, o vento soprou entre as pessoas.