O Encontro com o Michael Jackson
Mais um post do tipo "um texto, uma foto". Em 1998, eu e minha ex-mulher Anna Maria estávamos de férias em Orlando e aproveitamos para conhecer e loja Fao Schwartz na International Drive. Chegamos por volta das 21:45 e lamentávamos que teríamos pouco tempo, pois a loja fecharia às 22 horas.
A loja era tão legal e nos divertíamos tanto olhando os briquedos, que, mesmo estressados pela pressa do horário, nos distraímos e fomos ficando. Ninguém veio nos expulsar da loja e havia também outros compradores, logo não tínhamos motivo para deixar a loja. Pelos meus cálculos, já tinha se passado vários minutos além da hora do fechamento. Olhei no relógio e já passava das 22:20. Fui então olhar a porta da loja para ver se ainda tinha gente entrando aquela hora. Assim, ficaria tranquilo e poderia olhar a loja com mais calma.
Quando olhei para a porta, vi que tinha muita gente querendo entrar. Pensei comigo: "com certeza, acabou de chegar o ônibus deles, a loja está fechada e eles não puderam entrar. A loja deve ser boa mesmo". Fui procurar a Anna e a encontrei no caixa pagando as compras que tínhamos feito. Dei uma nova circulada e fui olhar a porta de novo. Pensei: "com certeza, o grupo já desistiu e foi embora". Observei espantado que havia ainda mais gente na porta. Antes que eu pudesse sair do meu espanto, vi o espocar do flash de uma câmera. Não demorou mais que meio segundo para que a explicação me batesse: "havia alguém famoso na loja"!!
Não pensei pequeno. Pensei no Bono Vox do U2 ou no Sting do The Police. Torci para que fosse alguém que eu também conhecesse. Para não perder tempo, procurei olhar os rostos das pessoas nas porta e janelas, de modo a determinar para onde elas estavam olhando. Cada vez mais flashes e mais gente. Elas olhavam para uma pequena parte da loja chamada Fao Schweetz, onde vende-se balas e guloseimas. Mirei o olhar na saleta de doces da loja e foi quando eu o vi.
Michael Jackson estava tirando fotos junto de um casal. Na sala, além deles, havia quatro seguranças. Certamente, Michael entrara na loja após o fechamento. Dessa forma, ele evitaria aglomeração, teria um relativo conforto, divulgar-se-ia e a logística da segurança dele seria bem facilitada.
Chamei a Anna, que ainda estava no caixa, e contei-lhe o fato. Assim como eu, ela ficou bem empolgada. Dentre os quatro seguranças, um vestia um terno mais claro. Aparentemente, era o chefe da segurança. Nos aproximamos dele e perguntamos se podíamos tirar foto com o Michael Jackson. Ele se virou para nós e disse: "cinco dólares". Anna e eu nos olhamos concordando, e quando ela pôs a mão na bolsa para pegar os cinco doláres, o segurança disse: "estou brincando, vocês só tem que esperar mais duas pessoas que estão na sua frente".
Esperamos um grupo e depois mais outro. Michael saiu da saleta de doces e foi para a parte grande da loja. Ele pegava os brinquedos de maneira frenética e os entregava a um dos seguranças que os separava. Claro que ele não olhava a etiqueta de preço! De repente, ele parou e o segurança nos chamou. Anna e eu nos aproximamos e dissemos algo do tipo: "parabéns pelo sucesso e obrigado pelo que tem feito pelas crianças". Tiramos a foto abaixo.
Na saída da loja, passamos pela pequena multidão que se formara. Disse a Anna: "esconda bem a câmera, do jeito que esse pessoal está batendo foto aqui de fora, essas fotos bem de perto valem ouro". Para tirar de vez a dúvida de que aquilo teria sido um golpe publicitário com algum sósia, voltei nessa mesma loja um ano depois e confirmei a data que o Michael Jackson tinha ido.
Algumas pessoas não acreditam na foto e pensam que o Michael é um boneco de cera. Para essas pessoas, a Anna guarda a primeira foto que batemos que mostra ele com um outro casal e os seguranças. Claro que a pose dele era diferente. Creio que o mais inacreditável na foto sou eu na minha fase gorda, com 12 quilos a mais do que tenho hoje. Reparem o queixo duplo, os óculos de abelha, a pança... que horror!!!